Padronização de cores não tem agradado ao público leopoldense

Depois das quatro empresas leopoldenses ter seus novos veículos rodando nas ruas da cidade, fomos às paradas de ônibus localizadas no centro para peguntar às pessoas o que elas acharam das novas aquisições e da padronização da pintura. Pensamos que o resultado seria positivo, mas não foi bem assim. 

Algumas das pessoas entrevistadas gostaram do novo projeto. A nova pintura caiu bem aos novos veículos, identificando mais as empresas que são de São Leopoldo, em meio a tantos "Metroplans" da vida. Já outras pessoas não aprovaram, justificando que a frota está "toda igual". A maioria das pessoas reconhecem a empresa pela pintura característica dela, e embarcam no coletivo pelo horário em que ele passa, sem se preocupar em ler no itinerário. Agora, as pessoas são obrigadas a estar atentas para os detalhes que diferenciam a pintura de cada empresa. Segundo uma senhora idosa de 67 anos, "para mim que não enxergo direito, é um verdadeiro sacrifício ter que ler o itinerário e ver se o para-choque é branco ou amarelo, com motoristas correndo feito uns doidos!"

Não são somente as pessoas idosas que reclamaram da padronização. Algumas pessoas destacaram que as empresas estão perdendo a identidade visual que elas tinham até então. A identidade visual é funcional, até porque é necessário aos passageiros reconhecer a empresa que serve uma linha, coisa que a padronização visual dificulta, mesmo com suas tentativas de "facilitar" a identificação (que não passam de tentativas de "facilitar" o que é complicado).

Já surgiu casos em que a pessoa pega o ônibus errado por causa da pintura. "Só pude identificar a empresa depois que vi o logotipo da Leopoldense na camisa do cobrador".

Padronização visual tão comum quanto se pensa_ Se você acha que a padronização visual existe apenas em São Leopoldo e na região metropolitana de Porto Alegre, está enganado. Todas as grandes empresas de transporte coletivo de todo o país estão adotando padronização local. No Rio de Janeiro já foi adotada uma única pintura para praticamente todas as empresas de transporte público daquele lugar. Na região metropolitana de Porto Alegre, onde predomina o azul em toda a carroceria, praticamente todas as empresas que fazem linhas intermunicipais tem a pintura Azul-"calcinha" da "Metroplan". E o curioso é que as empresas estão tingindo de azul a frota antiga também, além das novas carrocerias. Para alguns, é mera padronização. Para outros, é uma tentativa de chamar o ônibus "velho" de "novo", sendo esta a justificativa para a demora para a aquisição de novas carrocerias. 

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São Leopoldo de cara nova

Aliás, de ônibus novos. O município ganhou uma renovação de frota com 40 novos ônibus para as empresas que atuam em São Leopoldo. Cada empresa leopoldense recebeu 10 ônibus novos, todos adaptados para cadeirantes. A compra, que rendeu mais de R$ 11 milhões, foram adquiridos pelo Consórcio Operacional Leopoldense, o Grupo Coleo, uma junção das empresas que fazem o transporte de passageiros, a Sinoscap, a Sete de Setembro, a Viação Leopoldense e a Feitoria, e pelo sistema de Bilhete Eletrônico Municipal (BEM), com apoio da administração.

 De acordo com o secretário municipal de Planejamento Urbano, Paulo Borba, todos os ônibus passarão a ter um único layout, contribuindo para o embelezamento e a modernidade da cidade. “O objetivo é oferecer ainda mais qualidade e presentear a comunidade com mais segurança, agilidade, conforto e bem estar", explica. Para diferenciar cada empresa, os veículos terão nova série de prefixação e uma cor de para-choque diferente.  Respectivamente, a série de prefixação e a cor dos para-choques dos ônibus serão a seguinte: Viação Leopoldense passará a ter prefixação 10XXX e para-choques amarelos; Viação Sinoscap, 14XXX e para-choques brancos; na Viação Feitoria, 12XXX e para-choques cinza e por último, a Sete, 13XXX e para-choques Azuis.

Os novos ônibus da Feitoria ainda não estão rodando, e a previsão é que comecem na segunda quinzena de janeiro, devido ao pequeno atraso da Neobus ao entregar os veículos para a empresa.

Os carros da Leopoldense começaram a rodar no dia seguinte da apresentação que aconteceu dia 23/12/2011... 

... assim como os novos Sete.

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Os da Sinoscap começarão a rodar em Janeiro também, pelo mesmo motivo que os carros da Feitoria ainda não estão rodando. 

Os 40 novos ônibus foram encarroçados com chassis Mercedes- Benz e Volkswagen. A Sinoscap e Feitoria adquiriram veículos da Neobus (Spectrum City e Mega) todos com Chassis Mercedes-Benz OF 1418 (Neobus Spectrum City) e 1722M (Neobus Mega). Já a Leopoldense e Sete optaram por soluções Comil, adquirindo o modelo Svelto e encarroçando-os com chassis VW's 15-190 EOD e 17. 230 EOD e Mercedes OF 1418 e 1722M. 

Nós já sabíamos disso!

A equipe do Ônibus do Vale teve a exclusividade de conhecer as novidades das empresas de São Leopoldo bem antes da apresentação. Tivemos acesso aos novos carros da Sete dias depois da empresa ter recebido os veículos, alguns ainda não-emplacados, na segunda quinzena de novembro. Mas só fotografamos eles na visita fizemos nas instalações da empresa (leia mais aqui). Não pudemos publicá-los antes da apresentação, pois, só pudemos fotografá-los se não publicarmos antes da apresentação. Outro furo de reportagem do ÔDV também em relação aos novos ônibus "Bem", foi os da Viação Feitoria. A empresa recebeu os Mega e Spectrum na primeira quinzena de dezembro, e lá fomos nós fotografá-los (uma das imagens é a que colocamos na reportagem de hoje). Agora, já com os carros rodando, podemos compartilhar as imagens feitas com exclusividade pela equipe do Ônibus do Vale. 

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Visita à garagem da Sete

A empresa Sete de Setembro, com Sede em São Leopoldo, recebeu na tarde do dia 2 de Dezembro de 2011 a equipe do Ônibus do Vale. O coordenador administrativo da empresa, o sr. Solone Roger Schaefer mostrou a frota da empresa e o ambiente no qual os veículos ficam guardados.

Segundo Solone, a empresa possui dois segmentos: o setor urbano e o de fretamento. A frota é bastante atualizada, limpa e conservada, garantindo assim a qualidade no transporte.

Questionado sobre o futuro da empresa para o futuro, Solone mostrou-se bem otimista. A frota será sempre renovada, e além disso, sempre será adionado mais carros para a linha, além de substituir os mais antigos.

Recentemente a empresa tornou-se cliente da encarroçadora Comil. Schaefer fala que a encarroçadora de Erechim possui melhor atendimento e que seus carros são as melhores opções para o pós-venda, além de ser mais resistentes e de pouca manutenção. Para Solone, a população não se importa se os veículos são de uma determinada encarroçadora ou chassi; para elas o importante é o veículo estar em boas condições de uso e que estejam pontualmente no horário, e em relação aos veículos de fretamento, as pessoas querem saber mesmo é se os ônibus tem ar condicionado e se tem bancos reclináveis. Mas para a empresa, é importante escolher a melhor opção entre carrocerias e chassis para ser bom para o bolso da empresa, e para o passageiro também.

O principal desafio da empresa será manter o bom atendimento e manter a frota sempre atualizada e limpa (em relação ao meio ambiente).

Para o reveillón, começará a circular nas ruas mais veículos novos. A Sete, bem como as outras três de São leopoldo (Viação Leopoldense, Viação Sinoscap e Viação Feitoria) guardam uma boa surpresa para a população, no quasito melhorias no transporte público de São Leopoldo. Segundo Solone, a frota das quatro empresas será padronizada, com uma só pintura, porém específico para São Leopoldo. A equipe do Ônibus do Vale teve acesso à esses carros, mas não temos autorização para divulgar o material até que a surpresa seja lançada.

Permitida a reprodução de imagens ou textos desde que seja permitida a autorização.

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Central S/A

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